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O PONTO DE EQUILÍBRIO ENTRE A LIBERDADE E A REVERÊNCIA NO CULTO

Por Marco Sousa


Em primeiro lugar vamos relembrar alguns pontos fundamentais do culto Pentecostal:

► A reverência na adoração não é uma questão de formalidade, mas de respeito. (LV 10.1,2).
► O ritual religioso sem reverência é desobediência e não tem aceitação divina. (1 SM 15.22).
► Não devemos confundir religiosidade com espiritualidade. (MQ 6.6-8).
► A reverência no culto significa ter consciência da majestade divina. (EC 5.1).
► A espiritualidade pentecostal não elimina a maturidade e nem o bom senso. (1 CO 14.20).
► Liberdade e reverência são características do culto pentecostal. (1 CO 14.23-25).

Para muitos cristãos o termo liberdade parece não combinar com o termo reverência, principalmente quando se trata da liturgia de um culto cristocentrico. Este suposto antagonismo entre os termos reside muitas vezes nos modismos e enxertos extra-bíblicos utilizados em larga escala pelo evangelicalismo moderno. Além disto não se pode deixar de mencionar as "meninices" praticadas por pessoas pouco instruídas, que raramente participam de uma EBD. Em outros casos o referido antagonismo entre a liberdade e a reverencia está associado ao engessamento litúrgico patrocinado por propagadores do cessacionismo nas redes sociais, os quais pregam a ordem e a decência no culto (algo bastante digno e coerente com o texto sagrado), mas o que vem depois é veneno: Uma solução ácida de cessacionismo e determinismo estóico.

A Bíblia Sagrada é bastante clara no tocante à necessidade de ordem e disciplina no culto, como também menciona que no ambiente da adoração os adoradores possuem liberdade plena na presença de Deus (João 4:23). O louvor é a expressão da alma remida e uma alma remida goza de liberdade plena em um culto oferecido a Deus. O evangelicalismo moderno vem suprimindo a ação do Espírito Santo, ora lhe resistindo com pregações e pretextos cessacionistas (Vide Atos 7:51) ora criando enxertos extra-bíblicos, praticando besteiras no culto ou cantando melodias antropocêntricas que envergonham os verdadeiros adoradores e certamente envergonham aquele que os salvou. Confira um dos exemplos no vídeo abaixo:


Na década de 1980, quando muitas igrejas evangélicas começavam o processo de apostasia nos EUA, o Senhor levantou diversos pregadores (Jim Swaggart, David Wilkerson, Jim Cimbala e outros tantos) para avisar à cristandade que existiam equívocos nos cultos e nos métodos de adoração e que o barco da vida cristã americana estava navegando em rumos contrários. Confira no vídeo abaixo:


Muitos não deram crédito a estes pregadores, queriam muita liberdade (de outro tipo e não aquela bíblica), mas não queriam reverência. Outros criam que Deus predestinou e decretou cada pecado que os ímpios e que os crentes cometem, para louvor da sua própria glória (inventaram isto - não existe base bíblica para tal afirmação). A liberdade cristã foi convertida em libertinagem. Faltou o equilíbrio entre a liberdade e a reverência e ficaram sem as duas coisas. Tornaram-se meros religiosos e prisioneiros do pecado. Confira um dos exemplos no vídeo abaixo:


No culto cristocentrico o Espírito Santo marca presença, santifica a igreja e o cristão é liberto para adorar. O pregador toma a palavra em seus lábios encomendado pela graça dada por Deus, por causa da necessidade de uma igreja que ora. O cristão é refrigerado e sente-se livre e liberto da escravidão do pecado. Neste tipo de culto (genuinamente pentecostal) tanto o crente quanto o Espírito Santo estão absolutamente livres para atuarem no culto, lembrando que o véu do templo foi rasgado de cima para baixo quando Cristo se entregou e morreu no calvário. O cristão agora está livre para adorar e o Espírito Santo possui ambiente propício para edificar o povo de Deus com seus brados libertadores de justiça e seus gemidos inexprimíveis. Que sejamos o alvo das misericórdias e da graça de Deus. "Se hoje ouvirdes a sua voz não endureçais os vossos corações"...

Glória ao Pai, Glória ao Filho e Glória ao Espírito Santo!